Banhos de lavanda não me curam mais
Das dores pulsantes do passado
Mas trago os poemas que escrevo, causais
E fujo das lembranças com um riso amarelado.
A fome não espera, ela consome, castiga
Atravesso a rua correndo e acendo um tabaco
Almoço rapidamente e recolho os cacos
Na minha pele seu nome indelével se abriga
Nada transparece, mas meus olhos extraviam
Deixando boiar destroços, inundando os espaços
Na moldura velha de uma fotografia
Lembro das alegrias e dos percalços
E careço das manhãs quentes e doces em sua companhia
Ouvindo Belchior, no disco de vinil, a dizer:
“Que a noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
E pela dor eu descobri o poder da alegria”
Nome: Stephanie Aparecida Coelho Galves
Ra:126018
Aluna do 2º ano de Letras português-francês - noturno/ UEM
Orientadora: Luzia Berloffa