Literatura

Romeu e Julieta

Uma adaptação de Romeu e Julieta arretada!


19-10-2020João Britto Orientadora: Liliam Cristina Marins

Final do século XIX e começo do século XX (início da república) surgiram no nordeste brasileiro grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros. Existiram diversos bandos de cangaceiros; porém, o mais conhecido e temível da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva). Essa história teve como cenário a Cidade de Cabrobó, no interior do Estado de Pernambuco, a 200 quilômetros da capital Recife. Em uma de suas investidas às Cidades, o bando de Lampião esteve na cidade de Sossego, no interior do Estado da Paraíba. Lampião apaixonou-se pela jovem e fogosa Maria Bonita (Maria Gomes de Oliveira), começando assim uma grande rivalidade nas duas famílias. A família Oliveira, muito católica, encaminhou Maria Bonita para um convento na capital, João Pessoa, cujo pároco daquele convento era respeitado e querido por todos os nordestinos – Padre Cícero. Portanto, Padre Cícero, conhecendo o lindo amor que unia esses dois jovens e conhecendo os seus familiares, concordou em casá-los em segredo de seus pais. A família de Maria Bonita descobriu esse segredo, e como não tinha alternativas, resolveu casar a sua filha com um fazendeiro amigo da família. Maria Bonita desesperada pede ajuda ao padre Cícero e ele aconselha a aceitar o combinado pelos seus pais, porém, faz um acordo para despistar seus familiares: uma garrafada de raízes, que ela tomaria e morreria por 48 horas, mas mandaria uma carta para Lampião comunicando o ocorrido. No entanto, Lampião não recebe essa carta e os seus familiares, tomando conhecimento da morte de Maria Bonita, avisam a Lampião e ele, possuído de uma grande tristeza, vai ao cemitério visitar o túmulo de sua amada e com o propósito de cometer suicídio. Padre Cícero, vendo o ocorrido, vai avisar a Maria Bonita e ela imediatamente vai ao encontro de Lampião e o avista bebendo veneno e o beija para morrer junto dele. Como a quantidade de veneno não foi suficiente para morrer, Maria Bonita pega uma de suas peixeiras e ultrapassa o seu coração e morre abraçada ao seu grande amor. Seus familiares, por respeito aos seus filhos, celebram a paz naquela região do nordeste brasileiro.