Introdução
Após discussões sobre a origem do português falado no Brasil na disciplina Fundamentos da gramática da língua portuguesa, produzimos cadernos linguísticos com breves informações acerca da influência de outras línguas em nosso vocabulário. Neste caderno apresentamos como as línguas indígenas estão presentes na nossa cultura, literatura, moda, culinária, entre tantas outras coisas, assim também sendo essenciais em nosso vocabulário, visto que muitas palavras possuem ancestralidade indígena. Além disso, traremos informações sobre a história dessas línguas e atividades com as palavras que usamos no dia a dia e que são de origem indígena. "Ontem eu quis ver a natureza chamei meu xará da tijuca, vimos seriema voando na céu, lambari nadando na água, passamos bem longe da jararaca. Era muita aventura que chegamos em casa cansados e cheios de picadas de cupim, tomamos um suco de caju e o dia se foi, fui dormir."
Mapa das línguas indígenas
VOCÊ SABIA QUE ...
Apenas 25 línguas indígenas são faladas por mais de 5 mil pessoas?
Cerca de 110 línguas indígenas são faladas por menos de 400 pessoas?
A língua dos Akuntsu é falada apenas pelas 5 pessoas que formam esse grupo indígena?
Os Guató têm uma população de cerca de 370 pessoas, mas há apenas 5 falantes de sua língua!
Quadro Histórico
1549 - Missões Jesuítas: Os jesuítas começaram a aprender algumas línguas indígenas para facilitar a catequização dos índios.
1500 - 1600 Os portugueses "descobriram" o Brasil. Guerrearam, escravizaram e passaram as doenças europeias para os indígenas que morreram em grande quantidade. 90% dos indígenas foram exterminados.
1757: Portugueses proibiram as línguas gerais.
1759: Jesuítas foram expulsos e os portugueses se distanciaram do Brasil = maior interação com a língua indígena.
- 1950: o número de indígenas era tão baixo que achavam que não existiria mais indígenas após 1980.
1957: Jader Figueiredo publicou relatório catalogando as atrocidades com os índios = dissolução da (SPI) e criação da FUNAI.
1988: Indígenas e apoiadores começaram a reivindicar seus direitos, desde então vem se notando pequenos avanços.
2009: Unificação da língua brasileira mantendo suas distinções
Literatura
Hoje em dia temos muitos autores indígenas que dão riqueza a nossa literatura, por exemplo:
"Temos de parar de ser convencidos. Não saberemos se estaremos vivos amanhã. Temos de parar de vender o amanhã. Tomara que não voltemos à normalidade, pois, se voltarmos, é porque não valeu nada a morte de milhares de pessoas no mundo inteiro."
LIVROS:
"O amanhã não está a venda", de Ainton Krenak
"Um dia na aldeia", de Daniel Munduruku
"Lua menina e o menino onça", de Lia Minapoty
Referências bibliográficas
CAJU. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
TIJUCA. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
XARÁ. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
CUPIM. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
JARARACA. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
LAMBARI. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
LITERATURA INDÍGENA: 12 ESCRITORES PARA LER, 2021. Escrita selvagem. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
POVOS INDÍGENAS: HISTÓRIA, CULTURA E LUTA, 2018. Fundo Brasil. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
SERIEMA, 2021. Wikiaves. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
TIJUCA. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021
XARÁ. Dicionário ilustrado Tupiguarani. Disponível em: . Acesso em: 28/11/2021